Aconteceu Aqui
Como a neurociência contribui para melhores políticas públicas para a Primeira Infância
 

A palestra, apresentada por Mary Young, consultora técnica do Center on the Developing Child, da Universidade de Harvard, e ministrada por Charles Nelson III, professor de Pediatria e Neurociência da Harvard Medical School, mostrou como as experiências vivenciadas pelas crianças em seus primeiros anos de vida ficam registradas fisicamente e podem afetar diretamente seu desenvolvimento.

As conclusões apresentadas pelo professor Charles Nelson III foram baseadas no estudo de mais de 60 crianças que viveram em instituições da Romênia, todas elas submetidas a um ambiente de baixo estímulo cognitivo e sem cuidados individualizados. Isso gerou, entre tantos outros efeitos, indivíduos com 30 pontos de QI a menos do que uma criança da mesma idade sob os cuidados dos pais, baixa atividade cerebral atestada em exames de eletroencefalografia e desordens emocionais e de aprendizado.

A experiência também mostrou que as crianças que foram retiradas dos abrigos antes de completarem dois anos de idade conseguiram ter mais sucesso na reversão dos efeitos do abandono afetivo. O estudo serviu como base para mudanças nas políticas públicas da Romênia, que proibiu a internação de crianças antes dos dois anos de idade e promoveu ações de adoção.

Clique aqui para ver a apresentação mostrada neste painel.

< voltar
 
 
BOLETIM © FUNDAÇÃO MARIA CECÍLIA SOUTO VIDIGAL – Rua Fidêncio Ramos, 195, cj.42
Vila Olímpia – 04551-010 – São Paulo/SP | fmcsv@fmcsv.org.br | 55 11 3330-2888 | 55 11 3079-2888