Tudo começou quando, em 2012, a então deputada federal Célia Rocha (PTB), hoje prefeita de Arapiraca, participou do primeiro curso do Programa Liderança Executiva, promovido pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI).

Com o apoio dos professores e as trocas entre os demais participantes, Célia elaborou um plano de ação em que as sementes do programa Agapi estavam plantadas.

Quando foi eleita prefeita, ela recorreu à Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) e ao Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para ajudá-la a implementar a proposta. Primeiro, os membros de sua equipe receberam capacitação e conheceram as redes de cuidado e apoio à criança pequena de cidades onde o Programa Primeiríssima Infância, da FMCSV, estava implementado.

Célia montou um comitê com quinze gestores municipais, envolvendo várias pastas e instituições, como a Secretaria de Cultura, o Conselho Municipal e a Secretaria da Mulher, além das Secretarias de Educação, Saúde e Assistência Social.

Com essas lideranças, definiu um time de cinquenta multiplicadores, que passou por uma ampla formação, tendo como missão reeditar o conhecimento apreendido aos seus pares nas diversas áreas de atendimento da Primeira Infância (da gestação aos seis anos).

Nessa capacitação, coube à FMCSV sensibilizar o time e o Comitê sobre a importância do investimento na criança pequena, do trabalho em rede e intersetorial para superar dificuldades inerentes a uma cidade cujo Índice de Desenvolvimento Humano Municipal é 0,649 (o ideal é 1), tendo como grandes desafios a pobreza e a falta de recursos.

Nos próximos meses, a FMCSV vai trabalhar alguns temas com o time de reeditores e o Comitê: pré-natal; puericultura e parto; grupos de famílias de gestantes; e espaços lúdicos. Também fornecerá material de apoio para os multiplicadores do programa, que atualmente estão espalhados em dez territórios de Arapiraca.

A iniciativa vai impactar 3.500 famílias, com crianças entre zero e três anos de idade. “O programa Agapi é um exemplo concreto do compromisso político do gestor municipal e de sua equipe com a causa da Primeira Infância. Todas as ações consideram a criança pequena um cidadão com direitos, que deve ser assistido por uma rede de atendimento e cuidado integrada, intersetorial e eficiente para garantir o seu pleno desenvolvimento”, conclui Ely Harasawa, gerente de programas da FMCSV.