Palavra da Fundação
Os 50 anos de uma fundação muito jovem

A Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV) alcança, este ano, a “meia idade”, mas traz na “alma” aquele frescor juvenil de quem quer fazer muito mais pela criança pequena.

Há 50 anos, o casal Gastão Eduardo Vidigal e Maria Cecília Souto Vidigal deu um grande passo ao idealizar a FMCSV para preencher uma lacuna importante na pesquisa e no tratamento da leucemia, no Brasil, que vitimou sua filha, Maria Cecília, aos treze anos. Uma iniciativa inovadora e ousada, já que a doença, no mundo todo, ainda era desconhecida.

A nova geração da família resolveu, em 2003, redirecionar os objetivos da organização, para responder às principais necessidades da sociedade brasileira, e, em 2005, novamente mostrando o vanguardismo herdado dos fundadores, decidiu assumir como foco de suas ações a Primeira Infância, período que compreende da gestação aos seis anos de idade. Não foi uma escolha ao acaso. Pesquisas e estudos mostravam que os primeiros anos de vida são determinantes à formação dos indivíduos, à sociedade, e, consequentemente, ao desenvolvimento do País.

O Brasil ainda encontra-se distante da Primeira Infância ideal que nossas crianças merecem e o nosso país necessita. No entanto, já começamos a vislumbrar uma luz no fim do túnel, testemunhando novas pessoas e organizações das diferentes esferas sociais dedicando-se à causa, assim como o empenho de alguns veículos da imprensa em abordar o tema com mais profundidade. Sem dúvida é uma vitória.

Este ano, em que comemoramos nosso cinquentenário, começou intenso para a Primeira Infância. As revistas Veja, Exame e o jornal O Estado de São Paulo publicaram artigos sobre a importância de se investir na criança pequena. O programa Fantástico, da Rede Globo, está passando o documentário “Secret Life of Babies”, produzido pelo canal inglês BBC. O mesmo programa, no dia 18 de janeiro, lançou uma pesquisa inédita, apoiada pela Fundação Bernard van Leer, e realizada pela PUC-RS, sobre a violência contra a criança no Brasil.

Isso tudo nos primeiros quinze dias do ano! O nível de abordagens começou alto e não pretendemos deixá-lo cair.

Falta de água? Economizamos e fazemos a dança da chuva. Falta de luz? Economizamos, acendemos a lanterna e esperamos uma melhor gestão de nossos governos. Não possuímos expertise para ajudar nestes dois pontos, mas fazemos a nossa parte.

Já na Primeira Infância a criança e a família não podem esperar nem contar com a sorte. Temos que trabalhar hoje para que o conhecimento sobre a importância do investimento na Primeira Infância chegue a quem tem a responsabilidade de dar a melhor oportunidade de desenvolvimento que nossas crianças merecem ter. Sejam cuidadores ou gestores públicos. Este é o trabalho da FMCSV e de seus parceiros.

O desafio além de grande é apaixonante. É isso que nos motiva. Um ótimo 2015 para você, e que venham os próximos cinquenta anos!

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