Palavra da Fundação

Caros amigos, com o calor do término do IV Simpósio Internacional de Desenvolvimento da Primeira Infância, resolvi começar a nossa conversa falando um pouco sobre a construção do evento deste ano.

O tema escolhido tem sua complexidade e, junto com nossos parceiros, entendemos que, de alguma maneira precisava ser trazido à luz para uma discussão mais abrangente (ou será focada?) pelos diversos atores da sociedade brasileira: como fortalecer as potencialidades dos adultos, especialmente das famílias, para que promovam o desenvolvimento das crianças.

Sabemos que as famílias estão em transformação, a dinâmica familiar e a composição das famílias têm mudado e evoluído junto com a sociedade. Entendemos, também, que para cada família, principalmente as mais vulneráveis, desempenhar o papel de ajudar suas crianças a atingirem seu pleno potencial e


terem o futuro que merecem não é uma tarefa fácil. Sabemos que apoiar as famílias representa cuidar de problemas extremamente complexos tais como desemprego, geração de renda, habitação, transporte, saneamento...e, em muitos casos, não basta informá-las da importância da Primeira Infância (gestação aos 6 anos de idade), como também é preciso capacitá-las para que possam ajudar as suas crianças. É ai que nos questionamos como também nos sentimos estimulados a trazer parceiros, especialistas, profissionais, entre outros, a discutirmos alguns pontos interessantes como:

  • Qual o papel do Estado na ajuda a essas famílias?
  • A sociedade civil pode ajudar o Estado testando modelos inovadores que, possivelmente, quando levados à escala, poderão ajudar as famílias e suas crianças?
  • O que a ciência tem a nos dizer a respeito?
  • O que os gestores públicos têm a nos contar sobre suas experiências?
  • Como está essa realidade no Brasil e fora dele?

Essas eram as perguntas que gostaríamos de ver, se não respondidas, pelo menos discutidas.

E para nossa satisfação, tivemos a oportunidade de conhecer diversos aspectos da problemática. Desde a abordagem do economista chefe do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que trouxe dados de uma pesquisa em 5 países da América Latina comprovando como o envolvimento de familiares, e a formação e o engajamento dos educadores/cuidadores são essenciais para o bom desenvolvimento das crianças pequenas.

Contamos com vários palestrantes do governo brasileiro: do Ministério da Saúde, do Ministério do Desenvolvimento Social e o próprio ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Todos nos mostraram os esforços feitos para fortalecer a família em sua função de cuidadora, e também os muitos desafios que ainda estão pela frente. Muito ainda precisa ser feito.

Também tivemos duas palestrantes que compartilharam conosco suas experiências à frente de programas federais norte-americanos, assim como representantes de outros países. Foi interessante entender como o Brasil pode aprender com experiências internacionais mas também foi gratificante escutar de palestrantes internacionais como a experiência brasileira pode ajudar as famílias e crianças de seus países.

Sabemos que muito mais gente gostaria de ter acesso a tudo o que foi apresentado, discutido e explicado. Por isso, convido-os à leitura deste boletim, que traz um resumo de cada um dos painéis. Espero que gostem!

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