O material é a tradução de um conjunto de conteúdos produzidos pelo Center on the Developing Child da Universidade de Harvard com foco em funções executivas. Para ter contato com novas e preciosas informações que vão fortalecer o seu trabalho pela Primeira Infância, acesse gratuitamente o conteúdo nos links abaixo:

• Vídeo
• Resumo
• Estudo

O primeiro deles é um vídeo, com cerca de cinco minutos, no qual especialistas explicam o que são as funções executivas e de autorregulação, como se desenvolvem e para que servem. Em suma, essas funções são habilidades que a criança constrói nos primeiros anos de vida, fortalecidas na adolescência, e que têm papel determinante na vida adulta, nas relações profissionais, afetivas e sociais.

As funções executivas são as que mais contribuem à produtividade do indivíduo no mercado de trabalho. Por meio delas, o ser humano é capaz de se controlar, de interagir com o outro, de reagir a estímulos, de tomar decisões e de mudar percursos quando se vê diante de imprevistos. No vídeo, as funções executivas são comparadas a um sistema de controle do tráfego aéreo, só que, no lugar de monitorar pousos e decolagens, o cérebro aprende a controlar uma gama de informações e a evitar distrações.

Na escola, como mostra o filme, há várias maneiras de estimular essas habilidades que, se não forem desenvolvidas, podem levar a criança, na fase adulta, a enfrentar uma série de dificuldades em diversas esferas de sua existência. Por isso, é tão importante garantir que elas sejam bem trabalhadas, nos ambientes familiar e escolar.

Textos esclarecedores, com informações de especialistas

Para dar mais subsídios ao tema, o kit traz um texto resumido, com as principais informações, e outro, mais completo, que explica detalhadamente a importância das funções executivas e de autorregulação, e como desenvolvê-las.

Explicita, por exemplo, que “concluir a maior parte das tarefas requer a orquestração bem-sucedida de vários tipos de habilidade de funções executivas”. E destaca três dimensões que são determinadas por elas: memória de trabalho (capacidade de manter e manipular informações em nossas mentes durante curtos períodos de tempo), controle inibitório (controlar e filtrar nossos pensamentos e impulsos para que possamos resistir às tentações, distrações e hábitos, e parar e pensar antes de agirmos) e flexibilidade cognitiva ou mental (capacidade de mudar agilmente as engrenagens e ajustá-las para atender as exigências, prioridades ou perspectivas). “Na maioria das situações da vida real, essas três funções não são totalmente distintas, mas, ao contrário, trabalham juntas para produzir o funcionamento executivo competente”, explica o texto.

O material também trata das funções executivas sob a perspectiva da Neurociência, mostrando como o cérebro se comporta para processar essas habilidades.

O texto identifica os diversos problemas que podem surgir se a criança não desenvolver essas habilidades, afirmando, inclusive, que são elas que fornecem a ligação entre o desempenho escolar e o desenvolvimento social, emocional e moral. Ou seja, são essenciais.

Outra parte do conteúdo revela que “crianças que sofrem adversidades na infância são mais propensas a apresentar déficits no funcionamento executivo, indicando que essas capacidades são vulneráveis a rupturas no início do processo de desenvolvimento”.

Mas a boa notícia é que a prática e o treinamento especializados favorecem o desenvolvimento saudável das habilidades das funções executivas. E mais: intervenções com foco em pré-escolares também podem protegê-las e aprimorá-las.