Entrelinhas
Nota 10 Primeira Infância: a trajetória do ser criança através do tempo

Durante a história da humanidade, demorou muito tempo para que a criança fosse percebida como um indivíduo com necessidades, interesses e características próprios. A infância, assim como a conhecemos, é uma invenção da modernidade.

O conceito de infância foi trabalhado por vários estudiosos até chegar ao que a define hoje. É sobre esse processo de construção que o segundo capítulo “Ser criança hoje”, da publicação Nota 10 Primeira Infância, aborda.

Para traçar uma linha do tempo, o livro mostra quais foram os principais historiadores, psicólogos, psiquiatras, educadores e antropólogos que se debruçaram sobre o tema.

Jean Jacques Rousseau (1712-1778) influenciou a educação e defendia que a criança não deveria mais ser entendida como um adulto em miniatura.

A psiquiatra e educadora Maria Montessori (1870-1952) também é citada como uma das precursoras do trabalho com crianças portadoras de necessidades especiais. Suas ideias e métodos foram adequados às crianças comuns nas escolas regulares e receberam o nome de Método Montessori.

Célestin Freinet (1896-1966) deu uma importante contribuição à educação criando o trabalho-jogo, que se fundamenta em quatro eixos: cooperação, comunicação, documentação e afetividade.


Lev Vygotsky, Henri Wallon, Jean Piaget são alguns dos ícones históricos que se destacaram na educação e formação da criança, vista como um indivíduo que precisa de um olhar cuidadoso e diferenciado.

Também são citados no livro pensadores contemporâneos e sua importância no estudo sobre a infância, como Constace Kamil, Emília Ferreiro e Jerôme Bruner.

A obra explica como a criança era tratada no passado, especialmente até os três anos de idade e utiliza os estudos de Sigmund Freud, Àries e Lloyd de Mause para abordar essa etapa histórica em que, dentre tantos costumes condenados atualmente, um deles era o de ingleses venderem seus filhos de sete anos como escravos para os irlandeses, no século XII. Outro exemplo que caracteriza o passado da infância, que o livro traz, é sobre o aleitamento materno. O costume de não amamentar o próprio filho, recorrendo-se às amas de leite, se estendeu até o século XV na Europa.

A criança no centro da história

Em outra parte do capítulo, o livro fala sobre como as crianças de zero a três anos são vistas hoje. Desde o final do século XIX, várias áreas do conhecimento (História, Cultura, Psicologia, Educação, Medicina) vêm estudando a infância. Somente no início do século XXI é que novas disciplinas, como as Ciências Sociais, as Neurociências e a Economia, assumiram um papel fundamental ao colocar as crianças como prioridades das políticas e dos investimentos em equipamentos educacionais, creches, formação de educadores, dentre outras iniciativas.

Algumas características preocupantes caracterizam a infância deste século, como crianças agressivas, carentes afetivamente, superestimuladas, que sofrem violência dentro de casa. Estes e outros aspectos são discutidos no Nota 10 – Primeira Infância, que também aborda em suas páginas as referências legais, o que tem sido feito pelo poder público federal para garantir os direitos e a proteção à criança pequena, os desafios e os ganhos da pluralidade de infâncias no país e o que uma nova visão sobre a criança significa para as instituições e profissionais que lidam com ela.

Vale a leitura do livro completo para ampliar seus conhecimentos e fortalecer suas práticas em favor de um melhor desenvolvimento infantil. Aproveite e faça agora o download gratuito do Nota 10, e navegue por muito mais informação.

 
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