Entrelinhas
O depoimento de quem participou de dois dias de intenso debate

O III Simpósio contou com a presença de mais de 270 pessoas, entre profissionais das áreas de Saúde, Educação e Promoção Social, atuantes nos três setores da sociedade (sociedade civil, setores público e privado) de várias cidades do País.

A diversidade da plateia foi um componente a mais para garantir, também, diversidade de ideias, opiniões e colaborações nos painéis e na atividade proposta no segundo dia do evento.

Veja algumas opiniões dos participantes

Sandra Ponzio, gerente de projetos do Instituto Ayrton Senna.
“O evento provocou muitas reflexões e mobilizou-me para rever certos conceitos e expectativas acerca do que vem a ser a inovação, escalabilidade e avaliação, numa visão de programas sociais. Mas, dentre tudo o que ouvi, algo me tocou para além das informações e do conhecimento que circulou durante os dois dias.


O ponto foi que o cuidador precisa ser cuidado, ou seja, um enfoque na formação do formador. Pois não se faz inovação apenas num gabinete e se coloca em prática. A inovação acontece com o envolvimento de todos, com o sentido que se dá para o que se faz”.

Andréa Rossetini, do Instituto Mara Gabrilli.
“Sou terapeuta ocupacional, trabalho com crianças com necessidades especiais. O que me motivou a vir ao Simpósio foi saber o que tem sido feito pela Primeira Infância. Queria conhecer mais, refletir mais e ampliar nosso trabalho. A escalabilidade não era um tema que eu conhecia e isso me chamou a atenção. Percebi que as coisas não são tão simples, ou seja, é preciso a integração. Sairei daqui para repensar como fazer novas propostas e mostrar ao governo opções novas e viáveis. Com uma visão mais ampla é possível pensar melhor”.

Luciana Coelho Lippi, coordenadora de Educação do Centro Assistencial Cruz de Malta.
“Atuo diretamente com creches e vim por indicação da minha coaching. Para mim, é um tema novo, não tinha ouvido falar em escalabilidade. Esse encontro de tantas pessoas falando de tantos projetos para melhorar a vida da criança me emociona, porque eu achava que tinha pouca gente pensando a Primeira Infância. Achei bem interessante a ideia de formação de educadores, cuidadores e pais. Já fazemos esse trabalho com as famílias, mas tudo isso me motivou a pensar em outros projetos nessa área. Outro tema que me chamou muito a atenção foi o estresse tóxico. Vi que preciso envolver mais os educadores nessa questão”.


Maria Lúcia Campello, diretora do Espaço de Educação Infantil (EDI) Arthur Bispo do Rosário. Heveny Costa Mattos dirige o EDI Rodrigo Lopes da Silva “Tikinho”, ambos no Rio de Janeiro.
“Somos gestoras da educação infantil e viemos ao Simpósio com a intenção de conhecer novas experiências em inovações porque estamos trabalhando nosso plano de ação. A gente já fazia escala, mas não sabíamos, e usávamos a própria comunidade como replicadora. Esses dias foram um ‘gás’, um estímulo. Saber que existem pessoas renomadas, que estão pensando no mesmo tema, mostra que não somos uma gota no oceano. Hoje vemos com que seriedade a educação infantil tem sido tratada”.

Ceila Santos, jornalista e mãe blogueira.
“Os temas do Simpósio foram muito importantes porque me trouxeram acalento. Neste momento, eu não consigo identificar um sentimento tão necessário às mães quanto acolhimento. As famílias estão carentes disso, precisam ser valorizadas e com o Simpósio entendi que a mudança só acontece a partir da colaboração. Sou blogueira desde 2006 e a troca de experiência com outros blogs me ensinou que não bastava partilhar meus desafios dentro de casa, eu precisava assumir meu lugar de cidadã para dar sentido à minha ação. Eu preciso de condições para assumir esse lugar ao qual eu me sinto chamada para contribuir com a mudança do mundo e o Simpósio me mostrou tudo isso como caminho da inovação”.

Guilherme Vidigal Andrade Gonçalves, presidente do Conselho Curador da FMCSV.
“Fiquei bastante impressionado com a qualidade não só dos conteúdos apresentados, mas com a receptividade dos participantes e a integração que experimentamos nesses dias. A Fundação tem como um dos seus objetivos compartilhar conhecimento, mas, sobretudo, oportunizar espaços em que as construções sejam realizadas de uma forma colaborativa, onde haja trocas e novas descobertas. Foi assim que me percebi neste Simpósio: aprendendo, somando e construindo junto”.

 
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